Em 1987, o nome de Paul Auster é catapultado para a esfera da literatura internacional com a publicação da Trilogia de Nova Iorque. Na primeira história, City of Glass, Auster subverte o género do romance policial, criando mais questões ao longo do texto, em vez de lhes dar resposta. A ação decorre em Nova Iorque, espoletada de forma misteriosa por acaso banal. O texto serve de inspiração para este novo trabalho de Daniel Bernardes que, ao longo de 12 andamentos com títulos que remetem para momentos-chave do romance, nos leva numa viagem sonora com António Quintino, no contrabaixo e Mário Costa, na bateria, aos quais se junta o Coro Ricercare, preparado por Pedro Teixeira e com Pedro Moreira a assegurar a direção musical do projeto.